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Viagem & Paladar # 1. Ceviche

  • Foto do escritor: Finis Terrae Viagens
    Finis Terrae Viagens
  • 31 de out. de 2021
  • 2 min de leitura

somos um pouco de tudo o que vivemos

dito popular


Viajar e comer têm uma relação muito próxima. É óbvio que precisamos comer todos os dias, mas quando estamos viajando, a hora da refeição pode se transformar numa experiência especial. Sabores e ingredientes nos aproximam da cultura local e ampliam nosso repertório. Esta série de artigos Viagem& Paladar vai revelar algumas experiências pessoais com os pratos e os sabores locais que fui aprendendo a apreciar nas viagens que fiz por esse mundão.


1. Ceviche


Em 1980, fui parar em Iquitos, naquela época uma cidade perdida na floresta amazônica, no nordeste do Peru. Iquitos fica às margens do rio Amazonas e, segundo informações que obtive durante a viagem, era o ponto de partida de barcos que seguiam até Manaus pelo rio Amazonas. Voei de Lima para Iquitos, na esperança de embarcar nessa viagem fuvial pelo grande rio, mas chegando lá descobri que não havia linha regular de barcos e deveria esperar alguns dias até que uma embarcação iniciasse o trajeto.


Era carnaval e a cidade estava movimentada por blocos que se divertiam pelas ruas. Eu e alguns outros turistas passávamos os dias à beira da piscina do hotel ou vadeando pelas ruas enquanto o barco não zarpava. Um morador nos contou que um hábito muito comum na cidade era parar o trabalho às 11 horas, quando o calor amazônico apertava, para comer um ceviche, uma espécie de aperitivo que precedia o almoço a ser degustado mais tarde.


O ceviche é um prato feito com peixe cortado em cubos e marinado no suco de limão, com bastante cebola, coentro, sal e uma pitada de pimenta. Um prato que muita gente em São Paulo já conhece, desde que começou a ser preparado nos restaurantes de comida peruana. Mas em 1980, essa iguaria era restrita a restaurantes populares no Peru e eu me encantei com o prato que, em Iquitos, era feito com o peixe pirarucu, típico da Amazônia.


Passei a visitar o pequeno boteco todos os dias, pontualmente às 11 horas, para degustar aquele prato que tinha um frescor inigualável e ajudava a aguentar o forte calor. Tanto insisti que a dona do boteco me ensinou a preparar o prato.


Quando retornei para casa, em São Paulo, adaptei o prato aos peixes disponíveis na cidade, basta utilizar um peixe branco e de carne firme. Convidava alguns amigos para provar a iguaria desconhecida. Ouso dizer que fui pioneiro na produção de ceviche em Sampa, embora não fosse uma atividade comercial, apenas um encontro de amigos para comer um prato diferentão e muito gostoso. O prato faz parte do cardápio de minha casa até hoje e sempre vem acompanhado de um belo guacamole. Mas essa é uma outra história para outro artigo.


Foto: Picanteria karol, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=34894146

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